sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Feriado de 11 Novembro - Dia Independência de Angola


Hoje é feriado em Angola. É o dia de independência deste país que foi nossa colónia por um período de cerca de 500 anos. O processo de independência começou pouco depois do derrube do regime ditatorial vivido em Portugal no dia 25 de Abril de 1974. O governo português de então abriu negociações com os 3 principais movimentos de libertação de Angola, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) que controlava Luanda e era apoiado pela URSS e por Cuba, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), apoiada pelo Zaire e pela China e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), principalmente apoiada pela África do Sul, mas também pelos EUA.

No dia 15 de Janeiro de 1975, foi estabelecido em Alvor no Algarve, o acordo assinado entre o governo português representado por Almeida Santos, então Ministro da Coordenação Inter-Territorial e os 3 principais movimentos que visou estabelecer a ocupação dos territórios de Angola e proceder à implantação de um regime democrático no novo país. O MPLA estava em vantagem, pois controlava a capital muito apetecida pelos outros dois movimentos, mas também Lobito e Benguela. Ficou-se com a sensação que a guerra iria ser iminente, principalmente devido aos países sedentos da divisão e ocupação do território rico em matérias-primas.

No dia 10 de Novembro de 1975, o Alto-Comissário e Governador-Geral de Angola, o almirante Leonel Cardoso, proclamou a independência de Angola, transferindo a soberania de Portugal para o "Povo Angolano" e não para um determinado movimento político a partir do dia 11 de Novembro. No dia seguinte, ouve-se a voz de cada um dos movimentos, Agostinho Neto pela MPLA em Luanda, Holden Roberto pelo FNLA no Ambriz e Jonas Savimbi pela UNITA em Nova Lisboa (Huambo).

Em 1976, as Nações Unidas reconhecem o MPLA como o representante legítimo de Angola, coisa que não  aconteceu nem com os EUA nem com a África do Sul, principalmente devido ao facto que o MPLA era apoiado pelas comunistas URSS e Cuba. O caos tinha-se instalado e durante todo este processo, cerca de 800 mil portugueses abandonam o país entre 1974 e 1976.

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